A troca no comando do Exército promovida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem gerado uma série de expectativas em integrantes do governo em relação a pacificação com os militares. A nomeação do general Tomás Miguel Ribeiro Paiva veio depois que o presidente decidiu demitir o general Júlio César de Arruda em meio as desconfianças após os atos de vandalismo em Brasília.
Apontado por integrantes do Planalto como um nome mais alinhado ao governo petista, Ribeiro Paiva foi incumbido da missão de pacificar os quartéis e promover a “despolitização” dos militares. Desde então, o novo comandante tem promovido uma série de mudanças no intuito de atender às demandas do governo Lula.
Nesta semana, o ministro da Defesa, José Múcio, declarou que o general pediu um “crédito de confiança” para lidar com as tensões entre a Força e o Executivo. De acordo com Múcio, a troca no comando do Exército foi acertada porque existe um “ambiente político muito forte” dentro dos quartéis.
“Estou torcendo para que o general Tomás vá dizer ao presidente [Lula] que vai fazer aquilo que o presidente deseja. A gente precisa que agora, para que nasça esse clima de confiança, que o outro saiba o que vai se fazer. E é muito importante que essa iniciativa seja do Exército”, disse o ministro em entrevista à GloboNews.