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Médicos que disseram que ‘câncer de mama não existe’ responderão processo

Dois médicos foram denunciados por entidades profissionais ao Conselho Regional de Medicina por declarações sobre câncer de mama consideradas incorretas pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca). Segundo a denúncia, essas afirmações foram divulgadas durante a campanha do Outubro Rosa.

No contexto do Outubro Rosa, mês dedicado à conscientização e prevenção do câncer de mama, a disseminação de informações falsas pode gerar um impacto negativo significativo na saúde pública. Recentemente, dois médicos foram denunciados por veicularem informações consideradas errôneas sobre a saúde das mamas. Tais declarações, feitas nas redes sociais, geraram preocupação entre as instituições de saúde, incluindo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

As redes sociais, ao mesmo tempo que oferecem uma plataforma para disseminação de conhecimento, também se tornam um ambiente fértil para a circulação de fake news. As afirmações dos médicos Lucas Ferreira e Lana Tiani Almeida da Silva levantaram questionamentos sobre a responsabilidade dos profissionais de saúde em suas comunicações online, especialmente quando suas mensagens contradizem diretrizes estabelecidas por entidades de saúde reconhecidas.

Médicos são investigados por dizerem que 'câncer de mama não existe'.png

À esquerda Lucas Ferreira, à direita Lana Tiani

Qual é a responsabilidade do profissional de saúde em tempos de redes sociais?

Os profissionais de saúde possuem um papel crucial na disseminação de informações precisas e baseadas em evidências. No entanto, a facilidade de acesso ao público através de redes sociais pode levar alguns a compartilharem opiniões pessoais como se fossem fatos médicos. O caso de Lucas Ferreira, que afirmou que mamografias causam câncer de mama, demonstra os riscos de se basear em informações não comprovadas para orientar pacientes. A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) reforça que dados sem embasamento científico não devem ser divulgados, pois podem induzir decisões prejudiciais à saúde.

O papel das entidades médicas na regulação da conduta profissional

Os conselhos regionais de medicina têm a responsabilidade de investigar casos onde há suspeitas de má conduta profissional, como as declarações que negam a existência do câncer de mama e a eficácia das mamografias. As investigações são conduzidas sob sigilo, visando proteger não apenas as partes envolvidas, mas também a confiança pública na profissão médica. O posicionamento da SBM sobre o assunto ressalta a importância de combater desinformações e corrigir dados que possam afetar a saúde da população.

Como a desinformação afeta a prevenção e o tratamento do câncer de mama?

A circulação de mitos e teorias não fundamentadas pode ter consequências graves, retardando diagnósticos e desviando pacientes de tratamentos comprovadamente eficazes. O Outubro Rosa é uma campanha crucial para promover a conscientização sobre o câncer de mama, encorajando práticas preventivas e diagnósticos precoces. A ideia de que certos tratamentos alternativos ou a redução de exames formais poderiam substituir práticas recomendadas é prejudicial e perigosa.

Qual é a resposta da sociedade civil e dos órgãos de saúde pública?

O combate à desinformação exige uma resposta coordenada entre autoridades médicas, instituições de saúde pública e a sociedade civil. Organizações como a SBM trabalham para corrigir informações fantasiosas e proteger a população de práticas enganosas. Além disso, é essencial que os pacientes busquem orientações de profissionais qualificados e desconfiem de soluções milagrosas que não possuem respaldo científico.

O efeito cumulativo da desinformação pode ser revertido por meio da educação e da conscientização, assegurando que o público tenha acesso a informações precisas e confiáveis, especialmente em temas cruciais como a prevenção do câncer de mama.

 

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