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China reage a tarifaço dos EUA e convoca reunião urgente na ONU

Nesta quarta-feira (16/4), em um movimento significativo, o governo da China enviou uma carta a todos os estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) para convocar uma reunião do Conselho de Segurança. O objetivo central dessa reunião é discutir as tarifas impostas pelos Estados Unidos e o que os chineses descrevem como “bullying” do governo de Donald Trump. A reunião está agendada para ocorrer na próxima quarta-feira, dia 23 de abril.

Na comunicação enviada aos países, a China acusa os Estados Unidos de comprometerem os esforços globais pela paz e desenvolvimento, especialmente em relação aos países em desenvolvimento. A crítica se concentra no “unilateralismo e práticas de bullying” dos EUA, que, segundo o governo chinês, utilizam tarifas como uma ferramenta de pressão extrema, violando as regras do comércio internacional.

O que diz a carta da China?

China reage a tarifaço dos EUA e convoca reunião urgente na ONU
Xi Jinping – Foto: Reprodução/Wikimedia Commons

A carta chinesa destaca que todos os países, particularmente os em desenvolvimento, são afetados por essas práticas unilaterais. O uso de tarifas como arma, segundo a China, causou choques severos na economia mundial e no sistema de comércio multilateral. Essa situação lança uma sombra sobre os esforços globais pela paz e desenvolvimento, segundo o documento chinês.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Li Jian, afirmou que os Estados Unidos deveriam cessar o tarifaço e a “pressão máxima” adotada, que inclui ameaças e chantagens, se desejam dialogar e negociar com a China. Essa declaração veio um dia após a Casa Branca anunciar que a China enfrentaria tarifas ainda mais altas, de até 245%, em resposta a ações retaliatórias.

“Todos os países, particularmente os países em desenvolvimento, são vítimas de unilateralismo e práticas de bullying. Ao usar tarifas como arma de extrema pressão, os EUA violaram gravemente as regras do comércio internacional e provocaram choques e turbulências severos na economia mundial e no sistema de comércio multilateral, lançando uma sombra sobre os esforços globais pela paz e desenvolvimento”, diz o documento chinês.

Quais são as consequências da guerra tarifária?

A disputa tarifária entre os Estados Unidos e a China tem se intensificado nos últimos dias. De acordo com projeções da agência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento, essa tensão pode resultar em uma desaceleração do crescimento da economia global. O cenário de incerteza comercial e tensão é preocupante, especialmente para os países em desenvolvimento que dependem de um sistema de comércio multilateral estável.

As tarifas elevadas e as práticas de pressão máxima adotadas pelos Estados Unidos têm o potencial de desestabilizar mercados e economias ao redor do mundo. A reunião convocada pela China no Conselho de Segurança da ONU busca abordar essas questões e encontrar soluções para mitigar os impactos negativos dessa guerra tarifária.

Para os EUA:

  • Aumento dos preços para os consumidores: As tarifas sobre produtos chineses importados elevam os custos para as empresas americanas, que muitas vezes repassam esses custos aos consumidores, resultando em preços mais altos para uma variedade de bens, desde eletrônicos e vestuário até brinquedos e eletrodomésticos.
  • Prejuízo para as empresas americanas: Empresas que dependem de importações chinesas para seus processos de produção enfrentam custos mais elevados, o que pode reduzir suas margens de lucro e competitividade. Além disso, tarifas retaliatórias da China sobre produtos americanos podem prejudicar as exportações dos EUA, especialmente nos setores agrícola e industrial.
  • Potencial perda de empregos: O aumento dos custos e a redução das exportações podem levar as empresas americanas a diminuir a produção e, consequentemente, reduzir o número de funcionários.
  • Inflação: As tarifas podem contribuir para o aumento da inflação nos EUA, à medida que os preços dos bens importados e, potencialmente, dos bens domésticos aumentam.
  • Desaceleração do crescimento econômico: A incerteza gerada pela guerra tarifária pode levar à redução do investimento empresarial e do consumo, resultando em um crescimento econômico mais lento.
  • Impacto em setores específicos: Setores como o agrícola (soja, carne suína) e o de tecnologia (dependente de componentes chineses) podem ser particularmente afetados pelas tarifas e retaliações.

Para a China:

  • Redução das exportações para os EUA: As tarifas americanas tornam os produtos chineses mais caros nos EUA, o que pode levar a uma diminuição nas exportações da China para o seu maior mercado consumidor.
  • Pressão sobre as empresas chinesas: Empresas exportadoras chinesas enfrentam dificuldades em manter sua competitividade nos EUA, podendo ser forçadas a reduzir preços, absorver custos ou buscar outros mercados.
  • Desaceleração do crescimento econômico: A redução das exportações pode impactar negativamente o crescimento econômico da China, especialmente se outros mercados não conseguirem absorver a produção desviada dos EUA.
  • Perda de empregos: A diminuição da atividade exportadora pode levar à perda de empregos em setores manufatureiros na China.
  • Retaliação tarifária: A China impõe suas próprias tarifas sobre produtos americanos, o que prejudica as empresas dos EUA que exportam para a China.

Qual a resposta da comunidade internacional?

A resposta da comunidade internacional a essa situação é crucial. Os países membros da ONU têm a oportunidade de discutir e buscar soluções colaborativas para enfrentar os desafios impostos por práticas unilaterais e de bullying no comércio internacional. A reunião do Conselho de Segurança pode servir como um fórum para o diálogo e a negociação, visando restaurar a estabilidade econômica global.

Em um cenário de crescente tensão comercial, a cooperação internacional e o respeito às regras do comércio multilateral são fundamentais para garantir um desenvolvimento econômico sustentável e equitativo. A reunião convocada pela China pode ser um passo importante nessa direção, promovendo um diálogo construtivo entre as nações.

 

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