O presidente Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada, onde tem se mantido recluso desde a derrota nas urnas para Luiz Inácio Lula da Silva — Foto: Evaristo Sá/AFP
Outrora muito falante em público e sempre presente nas redes sociais, Bolsonaro tem se mantido no Alvorada desde a derrota nas urnas para Lula, em 30 de outubro.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) permanece recluso no Palácio do Alvorada, de onde não sai há ao menos cinco dias. Ele não deixou a residência oficial nem para falar com apoiadores, cada vez em menor número no chamado “cercadinho”, montado em frente à portaria principal da residência oficial da Presidência da República.
Assim como na sexta (4) e na segunda-feira (7), não há qualquer compromisso previsto em sua agenda oficial para esta terça (8), tampouco para os próximos dias. O chefe do Executivo também não fez qualquer pronunciamento por meio das suas redes sociais nos últimos dias.
Outrora muito falante em público e sempre presente nas redes sociais, Bolsonaro tem se mantido no Alvorada desde a derrota nas urnas para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 30 de outubro.
Após perder a eleição, ele só falou aos seus apoiadores em duas oportunidades. A primeira, por meio de discurso no Alvorada, quase 45 horas após a proclamação da vitória de Lula, que foi interpretado por alguns bolsonaristas como um estímulo ao questionamento do resultado das urnas.
Em pronunciamento de dois minutos, o presidente afirmou que reação de apoiadores era “fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu as últimas eleições”, mas reafirmou que não poderia haver “cerceamento do direito de ir e vir”.
Em sua segunda fala, por meio de um vídeo publicado nas redes sociais, Bolsonaro voltou a pedir que as rodovias federais fossem liberadas, mas incentivou que seus apoiadores façam outros tipos de manifestações.
Após fecharem rodovias por todo o país, eles decidiram montar acampamentos em frente a quartéis do Exército. Em Brasília, permanecem nos arredores do Quartel General, que fica a oito quilômetros da Praça dos Três Poderes, fechada ao trânsito de veículos desde 31 de outubro justamente para evitar os atos bolsonaristas.