O ex-presidente Jair Bolsonaro completa, nesta quinta-feira (17/4), quatro dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, desde o último domingo (13/4). Ele passou por uma cirurgia de 12 horas para tratar uma obstrução intestinal, um problema que tem sido recorrente desde o atentado sofrido em 2018. Atualmente, Bolsonaro está sob cuidados médicos intensivos, sem previsão de alta.
De acordo com o boletim médico mais recente, divulgado nessa quarta-feira (16/4), Bolsonaro apresenta boa evolução clínica. Ele não tem dores, sangramentos ou outras complicações, mas seu estado de saúde ainda requer atenção contínua. Durante a internação, a movimentação nas redes sociais do ex-presidente tem sido constante, com fotos e vídeos de sua rotina hospitalar, incluindo sessões de fisioterapia motora e respiratória.
Quais são os cuidados pós-operatórios de Bolsonaro?

Após a cirurgia, Bolsonaro está sob um regime de cuidados intensivos que inclui fisioterapia motora e respiratória. Esses exercícios são essenciais para estimular o funcionamento do corpo e reduzir riscos como infecções ou trombose. A equipe médica destaca que o estado de saúde do ex-presidente é estável, mas requer atenção contínua no período pós-operatório.
As visitas ao ex-presidente são restritas, com acesso permitido apenas a familiares próximos e profissionais de saúde. Essa medida visa proteger sua recuperação, evitando estímulos que possam comprometer o processo de cicatrização da parede abdominal. Bolsonaro mencionou em suas redes sociais que a restrição é essencial para evitar conversas e estímulos que possam causar complicações.
Como a condição afeta Bolsonaro?
O termo “abdômen hostil” refere-se a uma condição médica em que o paciente apresenta alterações internas devido a cirurgias anteriores ou processos inflamatórios. Essas alterações resultam em cicatrizes e aderências entre órgãos e tecidos, complicando novas intervenções cirúrgicas. No caso de Bolsonaro, essa condição tem sido um desafio desde o atentado de 2018.
As aderências, também conhecidas como bridas, podem causar dores, distensão abdominal e novas obstruções no trânsito intestinal. O cirurgião Claudio Birolini, responsável pela operação mais recente, destacou que o quadro de Bolsonaro é complexo e requer acompanhamento contínuo para evitar novas complicações.
Histórico de Internações e Cirurgias
- 6 de setembro de 2018: Durante um ato de campanha, Bolsonaro foi esfaqueado, iniciando uma série de complicações médicas.
- 12 de setembro de 2018: Submetido a uma segunda cirurgia para tratar uma obstrução intestinal.
- 28 de janeiro de 2019: Retirada da bolsa de colostomia.
- 8 de setembro de 2019: Cirurgia para correção de uma hérnia na região da cicatriz de operações anteriores.
- 14 de julho de 2021: Internação por obstrução intestinal, tratada clinicamente.
- 3 de janeiro de 2022: Internação por obstrução intestinal causada por um camarão não mastigado corretamente.
- 9 de janeiro de 2023: Internação na Flórida, EUA, com dores abdominais.
- 12 de setembro de 2023: Cirurgias para correção de hérnia de hiato e desvio de septo nasal.
- 4 de maio de 2024: Internação por erisipela, uma infecção de pele.
- 11 de abril de 2025: Internação por distensão abdominal, suspeita de nova obstrução intestinal.
- 13 de abril de 2025: Cirurgia de 12 horas para liberação de aderências intestinais e reconstrução da parede abdominal.
O que esperar para o futuro do ex-presidente?
O futuro de Jair Bolsonaro em termos de saúde ainda é incerto. Embora a cirurgia mais recente tenha sido considerada bem-sucedida, o ex-presidente continua a enfrentar desafios devido ao seu “abdômen hostil”. A equipe médica está focada em monitorar sua recuperação e prevenir novas complicações.
Com um histórico de múltiplas internações e cirurgias, é provável que Bolsonaro continue sob acompanhamento médico rigoroso. A prioridade é garantir que ele mantenha uma boa qualidade de vida, minimizando os riscos associados às suas condições de saúde.