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Temendo ser preso, González não comparece a Tribunal da Venezuela após convocação de candidatos

foto: Reuters

O cenário político na Venezuela vive mais um capítulo turbulento. Edmundo González, candidato da oposição, alega ter vencido as eleições de 28 de julho de 2024, mas enfrenta uma batalha judicial tensa. Nesta quarta-feira (7), González não compareceu à convocação do Tribunal Superior de Justiça (TSJ), alegando risco de prisão.

Em carta pública, González afirmou que sua presença no tribunal seria perigosíssima. Ele acredita que poderia ser preso e que a própria vontade do povo venezuelano estaria ameaçada.

Impasse Judicial: Tribunal versus González

Nicolás Maduro, presidente reeleito, acionou o TSJ solicitando uma certificação dos resultados eleitorais. A convocação do tribunal incluiu os 10 candidatos e representantes dos partidos. Segundo a autoridade eleitoral da Venezuela, Maduro venceu com 51% dos votos. Contudo, a oposição contesta, alegando possuir provas de que González teria obtido uma vitória clara.

Com base nas contagens de votos da oposição, González teria ultrapassado os 7 milhões de votos, enquanto Maduro ficou com 3,3 milhões. Esses dados estão alinhados com pesquisas independentes, mas o órgão eleitoral não confirmou oficialmente esses números.

Por que Edmundo González Não Compareceu ao Tribunal?

Em sua carta postada no X, González justificou sua ausência ao tribunal indicando vulnerabilidade e risco de prisão, além da ameaça à liberdade e à vontade popular expressa nas urnas. Vários líderes da oposição já enfrentaram prisões ou fugiram para o exílio nos últimos anos.

Três grupos apoiadores de González compareceram à audiência, enquanto a tensão cresce entre governo e oposição.

O que é a “Operação Toc-Toc”?

Grupos de defesa venezuelanos alertaram sobre a “operação toc-toc”, onde as forças de segurança vêm prendendo suspeitos de envolvimento em manifestações pós-eleitorais. De acordo com as autoridades, a polícia está focada em indivíduos supostamente ligados a crimes violentos durante esses protestos.

Maria Oropeza, coordenadora do movimento político Vente Venezuela, transmitiu ao vivo no Instagram uma batida policial em sua residência. Antes da transmissão ser interrompida, Oropeza solicitou um mandado, evidenciando a pressão nas fileiras oposicionistas.

Quais as Consequências para González?

Além da investigação criminal lançada contra ele e María Corina Machado por incitação, González enfrenta potenciais acusações de desacato por não comparecer à audiência. A presidente do TSJ, Caryslia Rodriguez, e Maduro advertiram que a ausência poderia resultar em até 30 dias de prisão e multas, conforme as leis venezuelanas.

Essa situação agrega ao já complexo panorama político da Venezuela, onde a tensão entre governo e oposição continua a crescer.

Resumo dos Principais Pontos:

  • González alega vitória nas eleições de 28 de julho de 2024.
  • Autoridade eleitoral declarou Maduro vencedor com 51% dos votos.
  • González não compareceu ao TSJ por temer prisão e violação à vontade popular.
  • Grupos de defesa denunciam “operação toc-toc” e perseguição a opositores.
  • Possíveis sanções e acusações de desacato podem complicar a situação de González.

A conjuntura atual na Venezuela mostra como as eleições podem escalonar em crises jurídicas e políticas, com reflexos diretos na estabilidade do país e no futuro dos seus líderes.

 

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